Páginas

Spin off de Uma noite em Paris: Chata de galocha


Capítulo único.



Chata de galocha

Chata de Galocha - Por Yash


olhou pela janela pela quarta vez e respirou fundo. A chuva caia lá fora deixando tudo ainda mais cinza, assim como todos aqueles meses. Foi até perto da lareira e sentou-se em uma das poltronas olhando o porta retrato na pequena mesinha de madeira ao seu lado. e em Paris no dia em que se conheceram, ambos estavam sorrindo enquanto abraçava a menina por trás e a mesma segurava vários balões coloridos que ele havia comprado pra ela naquele dia.
Na mesmo hora, sentiu um aperto no coração. Como tudo tinha mudado em apenas três meses? Olhou o segundo porta retrato, mas esse ele fez questão de pega-lo para ver a foto mais de perto. Também era no dia em que se conheceram, mas foi depois que souberam quem era quem. Eles estavam no baile que seu pai organizara, era uma selfie e os dois estavam dando língua para a câmera. Aquele dia tinha sido mágico, assim como todos os dias adiantes.

Flashback ON.

- Então, o que nós faremos a partir de agora? – O Rapaz perguntou enquanto via a menina pegar um champanhe com o garçom.
- Agir como se nunca tivéssemos nos conhecidos ou agir como se tivéssemos nos apaixonados a primeira vista e estamos loucos para se casar? – sorriu bebericando um gole de champanhe e deu uma risada.
- Até que a segunda ideia não é tão ruim assim. – Ele piscou, riu.
- Você ainda terá que passar por muitas provas pra se casar comigo, .
- E se eu disser que eu adoro ser desafiado? – ele sussurrou contra o seu ouvido fazendo estremecer. Logo em seguida a mesma sorriu.
- Então que comessem os jogos. – sussurrou de volta.
- Me da a honra de sair daqui com a bela dama? – provocou.
- Toda a honra possível. – deu de ombros e pegou em sua mão, indo para um lugar escondido.

Flasback OF.

Ele tinha ganhado o desafio, ele a tinha completamente. Ela só não sabia se isso era o suficiente. Faziam dois anos que estavam juntos, na verdade, estavam noivos, mas de três meses pra cá, tudo parecia ser jogado por água a baixo. sempre estava ocupado em seu escritório, ele era um arquiteto, tinha coisas para fazer, ela sabia disso. Mas ele nunca havia agido assim antes, tão distante como se não estivesse aqui, não por completo.
Colocou a mão na barriga e no mesmo instante uma lágrima caiu sobre o seu rosto. Ele ainda não sabia, na verdade desde que descobriu nunca houve um momento certo para contar a ele, ele nunca parava em casa e quando estava só ficava revisando papéis e lendo relatórios no mcbook ou desenhando plantas no autocad. Era como se ele nunca estivesse aqui.
Pegou o porta retrato na segunda gaveta da mesinha e o abriu e na mesmo instante viu a foto que haviam tirado no dia de Ação de graças, cinco meses depois de se conhecerem.
estava sentando no sofá e estava em seu colo, ambos sorriam para foto enquanto fazia uma cara fofa como se ela fosse tudo o que ele queria e desejava.

Flasback ON.

- Namorado! – pulou assim que Lucy abriu a porta revelando atrás dela. No mesmo instante, correu e abraçou como se tivessem ficado anos sem se ver. Na verdade ele havia ficado três meses fora por causa de alguns trabalhos da faculdade. Por mais que se falassem todos os dias pelo facetime ou por telefone, os dias de nunca foram tão sem graça sem ele.
- Minha chata de galocha – disse enquanto a abraçava apertado, como toda a força que tinha.
- Você veio. – sorriu saindo do abraço e sorriu de volta entrando na casa.
- Claro que eu vinha, os Thompssons nunca descumprem uma promessa. – piscou e riu.
- Então que você continue assim, pra sempre. – A menina deu língua.
- , como foi o projeto da faculdade? Já estão construindo muitas casas? – Sra. sorriu descendo as escadas indo até o seu genro e o abraçando.
- Mãe, arquitetos não constroem casa, desenham. – avisou com uma voz divertida, ambos riram.
- Ele sabe o que eu quis dizer. – Sra. disse.
- A é uma chata de galocha – fez um bico feio para a namorada que riu dando língua.
- Mas voltando ao assunto, já projetei algumas, mas são apenas testes. Nada que vai ser construído agora. – explicou.
- Estava me perguntando ao Thompsson em como não seguiu seus passos na politica. Foi algo bem surpreendente. – Jerry, o Sr. Presidente disse entrando na sala com um sorriso no rosto. Foi até e o cumprimentou com um aperto na mão. riu.
- Acho que politica não é o meu dom.
- Acho que só falta a achar o dela, já que trancou a matricula de medicina na Harward.
- Já disse que vou ser escritora. – piscou e Sra. rolou os olhos. Logo em seguida, Been, irmão de entrou na sala correndo assim que viu .
- ! – o menininho disse e logo em seguida foi pego pelo cunhado no colo.
- Iai garotão? – sorriu e bateu sua mão na dele como um gesto de cumprimento.
- Amanhã a vai me levar em uma corrida de carros. Você também pode vir? – O menino perguntou, sorriu e olhou para que sorriu.
- Claro, porque não? – ele disse. Been desceu do colo de e começou a comemora e todos da sala riram.
- O almoço está servido. – Lucy avisou e se levantou pegando na mão de .
- Vamos comer, namorado.

Se passavam das onze da noite, e estavam na sala deitados no sofá enquanto viam a quarta temporada de The vampire diaries. esta deitada no peito do namorado que não calava a boca em nenhum momento da série.
- Eu não entendo! A Elena era apaixonada pelo Stefan, como ela pode largar ele pra ficar com o Damon? – Ele quis saber.
- Porque quando ela virou vampira os sentimentos dela mudaram.
- Então quer dizer que se você virar vampira você não vai mais me amar? – arqueou as sobrancelhas e rolou os olhos.
- Talvez, quem sabe. – deu de ombros.
- Você só pode tá de brincadeira comigo, . – disse indignado. começou a rir.
- Eu não vou virar vampira , então você pode ter cem por cento de certeza que eu não vou amar mais ninguém ok?
- Até porque eu me garanto. – Ele piscou e riu.
- Se garante é? – olhou para o namorado – E como você se garante? – ela quis saber e sorriu antes de encostar a boca na da menina antes de começar a enchê-la de beijos.
- Assim.
- Eu não te trocaria por nenhum humano e nenhum vampiro do mundo. – sussurrou.

Flashback OF.

fechou o porta retrato e voltou a guarda-lo. Saiu do quarto vazio que só a dava tristeza e desceu as escadas pegando a chave do carro e saindo de casa. Era hora de resolver isso de uma vez por todas, era hora de questionar sobre tudo o que estava acontecendo, era hora de botar uma virgula ou um ponto final. A única coisa que não conseguia era conviver assim.
Entrou no carro e ligou o radio enquanto dirigia até o escritório que o mesmo trabalhava no centro da cidade. Passou as rádios tentando encontrar alguma estação legal quando I do da banda A Rocket to the moon começou a tocar. Ele tinha dito que aquela música dizia tudo sobre eles, o que era completamente verdade. Sentiu uma lágrima cair do seu rosto enquanto dirigia, sabia que suas emoções estavam mais fortes por causa da gravidez, mas tudo aquilo a fazia piorar cada vez mais.

You get lost on your way back home, Just about anywhere
“Você se perde no seu caminho de volta para casa, em qualquer lugar”

Flashback On

- ! – disse no telefone ainda frustada por causa do sinal que sempre caia.
- Ei, você está bem? – O namorado perguntou do outro lado da linha e fez um muxoxo.
- Eu estou perdida, de novo. – choramingou.
- Como você foi se perder de novo, ? Cadê o seu motorista?
- Eu não queria sair com o motorista. E também achei que não precisava já que o meu pai não é mais o Presidente do Estados Unidos. Eu não pensei em ir muito longe, só queria dar uma caminhada. Mas um paparazzi me viu e eu virei em uma esquina e depois dobrei em outra, agora eu estou com um boné e um óculos escuros baratos que eu comprei em uma lojinha pra ninguém me reconhecer. – A menina disse irritada e deu um suspiro. Ouviu um barulho de chave e a porta se bater.
- Eu estou lindo, você sabe perto de que você está? Ou pelo menos o bairro? – Ele perguntou.
- Eu não sei , eu sempre andei cercada de motoristas lembra? Nunca tive liberdade de ir a nenhum lugar. Mas eu estou perto de uma igreja amarela e um Boliche.
- Você está a cinco quadras da sua casa, . Como você foi andar tanto? – quis saber.
- Só vem logo tá?
- Estou indo, chata de galocha.

Flashback OF.

“You sing off key to the radio, Like nobody's there.”
“Você canta fora do tom junto com o rádio como se ninguém estivesse lá”


Flashback ON.

- People marching to the drums, Everybody's having fun, to the sound of love Ugly is the world we're on. cantarolou enquanto Transylvania do MCFLY tocava na radio. A mesma pegou uma colher de bolo e começou a cantar junto com a sua banda favorita. Estava no apartamento do e se ele ainda estivesse dormindo, teria acabado de acordar.
- If I'm right then prove me wrong, I'm stunned to find a place we belong. - Cantarolou. Depois de alguns segundos, percebeu que estava na porta sorrindo enquanto via a namorada cantar. A forma como ele a olhava admirado, mesmo ela cantando completamente desafinada faria qualquer um se questionar sobre seus namorados. Só pela forma que ele a olhava respondia todas as dúvidas de quem pensava que ele não a amava, estava escrito apenas nos seus olhos. Todas as suas amigas brincavam dizendo “Arrume alguém que te olhe como o olha para Eram coisas como estas que deixavam seus dias ainda mais coloridos.
- Canta comigo, . – sorriu indo até o namorado que riu.
- Acho que se eu cantasse junto, ajudaria a estourar todos os vidros dessa casa. – brincou.
- Tá falando que eu canto mal, ? – arqueou as sobrancelhas e sorriu a beijando.
- Não existe melhor forma de acordar ouvindo a sua voz, seja cantando completamente desafinada, ou com raiva de alguma coisa ou até mesmo rindo daqueles desenhos idiotas que passam na TV. Só de acordar com você torna o meu dia melhor. – O namorado confessou e sorriu antes de passar a mão pelo seu pescoço e beija-lo.
- Eu te amo, namorado. – sussurrou.
- Eu também amo você, chata de galocha.

Flashback OF

“And I love that your Sunday's best, Is a holey pair of jeans, And I don't stand a chance when you smile”
“E eu amo que o seu melhor de Domingo é um par de jeans furado. E eu não tenho nenhuma chance quando você sorri.”



Flashback ON.

- A gente precisa sair, ! – resmungou e se enterrou em baixo dos lençóis. – Eu quero dormir, .
- É domingo de manhã, o dia está lindo. Anda, levanta! – descobriu a namorada e sentou-se na cama fazendo cosquinha na mesma o que fez se contorcer.
- Paraa! – a menina riu e depois de algumas risadas, se rendeu.
- Tá, tudo bem. Eu vou, agora para! – gritou. E parou, logo em seguida deu um selinho na namorada que deu língua se levantando e indo até o banheiro.
Depois de uma hora, apareceu na sala com uma calça jeans furada e um moletom enorme do Super Man e seus cabelos presos em um coque frouxo fazendo rir. Era difícil ver ela daquele jeito já que sempre a via arrumada sem nenhum fio de cabelo fora do lugar.
- Esse é o seu melhor de domingo? – perguntou enquanto pegava na mão da namorada e abria a porta do apartamento.
fez bico.
- Sim e não reclama, namorado. – disse.
- Não to reclamando, chata de galocha. – riu enquanto fechava a porta.

Flashback OF.

“Yeah, the longer that we’re together the good keeps on getting bette., I never thought that I would ever find someone like you. And every day you show me I can. Just when I think that I can’t, Love you any more than I do, I do.”
“Quanto mais tempo ficamos juntos o bom continua ficando melhor. Eu nunca pensei que um dia eu iria encontrar alguém como você. E a cada dia você me mostra que eu posso. Apenas quando eu acho que eu não posso te amar mais do que eu amo.“


parou no sinal de trânsito deixando todos daqueles pensamentos vagarem pela sua mente. Seu coração batia mais forte que o comum e tudo parecia fica mais devagar como em um filme em câmera lenta. Sentia saudades daqueles momentos, mas acima de tudo, sentia saudades dele.

“You change your hair color every week cause you’re never quite sure of it. And I know when you’re mad at me. And all I think is beautiful when I think of you And I still can’t believe that you’re mine.”
“Você muda a cor do cabelo a cada semana, porque você nunca tem certeza dela. E eu sei que quando você está com raiva de mim, porque você me diz o que eu fiz. E tudo que eu penso é bonito quando eu penso em você e eu ainda não consigo acreditar que você é minha.”


Flashback On.

- Eu não entendo, você estava rindo e de repente você ficou séria e não quis mais falar com nenhum dos nossos amigos. O que tá aconteceu ? – perguntou enquanto a noiva estava deitada na cama ainda de cara amarrada. De repente, se levantou e o encarou.
- Você vai achar ridículo – confessou.
- Não importa. Apenas me diga pra que eu possa consertar. – implorou passando as mãos no cabelo e se levantou.
- Você não viu aquela loira ridícula flertando com você ridiculamente na frente de todos? Você não viu enquanto a Melissa falava que eu sempre mudava a cor do meu cabelo por uma cor quase igual porque eu nunca conseguia me decidir e você riu? Eu sei que essas coisas eram pra deixar em Off e são coisas que eu não deveria ligar ou até mesmo guardar pra mim e deixar passar, mas eu não aguento tá legal? Eu falo mesmo. Não consigo ficar quieta. Esse é um dos piores defeitos meus, mas é a verdade. É isso !
deu um suspiro e foi até ela.
- Eu não vi loira flertando comigo hoje a noite se é isso que você quer ouvir. Mas não interessava, sabe por quê? Porque você era a única pessoa que eu olhava, não existia outra na minha visão a não ser você. E eu ri quando a Melissa disse que você mudava a cor do cabelo sempre, porque é uma das manias que eu mais amo em você. Tudo o que eu penso é bonito quando se trata de você.
disse intrigado e sorriu fraco e olhou para o noivo.
- Você me faz se sentir uma idiota às vezes sabia?
- Por quê? – perguntou.
- Porque toda vez que eu penso que você vai me decepcionar ou alguma coisa parecida, você faz ao contrário. Eu disse pra você no dia em que nos conhecemos que iria ser difícil me conquistar e casar comigo. Mas você conseguiu , de todas as formas me ter só pra você.
sorriu e foi até a namorada depositando um selinho em seus lábios.
- E eu ainda não consigo acreditar que você é minha, Chata de galocha. – Ele sussurrou antes de abraça-la.

Flashback OF.

As lágrimas caiam constantemente dos seus olhos. Limpou-as rapidamente e desligou o radio. Chega daquela tortura, precisava se concentrar. Desligou o motor do carro e deu as chaves para o manobrista do prédio e entrou pegando o primeiro elevador apertando o botão do décimo primeiro andar.
Olhou no espelho para o espelho e a única coisa que conseguiu pensar era em .

Flashback ON.
puxou para o elevador logo após saírem do seu escritório. Logo depois de apertar o botão do Térreo e a encostou na parede voltando a beija-la.
- Alguém pode ver, . – deu tapinhas em suas costas e o noivo a encarou.
- Desde quando isso importa? Ou você esqueceu que eu amo desafios? – sorriu maroto e riu voltando a beija-lo bagunçando seus cabelos. Afrouxou a gravata de ainda sem quebrar o beijo enquanto o mesmo bagunçava seus cabelos.
Bastou um sonoro apito do elevador para ambos se distanciarem. Um grupo de executivos entraram os olhando com olhos arregalados, ambos estavam bagunçados e ofegantes.
e se entreolharam e riram. Nunca mais iria ter coragem de entrar naquele elevador.
- Seus desafios às vezes são constrangedores sabia? – sussurrou enquanto tentava arrumar seus cabelos.
- E você adora, não é chata de galocha? – fez um beicinho fazendo negar com a cabeça em desaprovação. Logo em seguida sorriu, porque ele tinha razão.

Flashback OF.

O sonoro som do elevador que ela conhecia tão bem anunciou a chegada no décimo primeiro andar. deu um passo a frente entrando no escritório branco cheio de desenhos enquadrados na parede que ele havia desenhado. Clair, a secretária sorriu ao vê-la.
Olhou para a mesa da mesma e viu todos os relatórios que tinha trabalhado por todos esses meses em casa e sentiu seu coração apertar. Nunca pensou que malditos papéis pudessem destruir a vida de alguém.

Flashback ON.

- Hey, tá dando aquela série que você gosta na TV. Under the dome, quer assistir comigo? - perguntou na porta do escritório que tinha em seu apartamento, ele nunca tinha utilizado aquela parte do apartamento porque ele sempre dizia que odiava trazer problemas do trabalho pra casa. Mas parecia que aqueles hábitos estavam mudando. Tinha acabado de descobrir que estava grávida e queria contar a ele e parecia que assistindo uma série de baixo da coberta com um balde de pipoca na mão parecia um bom momento.
- Agora não, . – disse sem olha-la ainda concentrado nos malditos papéis.
- Mas...
olhou para a noiva e deu um suspiro.
- Eu tenho MIL coisas na cabeça pra fazer, . Será que você não pode me deixar sozinho por uma hora? – ele perguntou.
- Se você quer assim. – deu de ombros e fechou a porta. Subindo as escadas rapidamente tentando limpar as lágrimas. Ele nunca havia agido assim, o que ela tinha feito para ele simplesmente preferir um monte de papéis do que ela mesmo? Será que todo aquele amor e admiração que ele tinha haviam acabado? Será que tudo o que eles tinham estava em reta final? Talvez seu pai estivesse enganado sobre ser o cara ideal pra ela. Até tinha acreditado nisso, por dois anos, mas agora parecia que não mais. Ele nem se quer a chamava mais pelo seu apelido, parecia que agora ela mais uma Idiota de galocha.

Flashback OF.

Afastou aqueles pensamentos ruins da cabeça e focou em sua frente. Clair ainda a olhava, ela iria achar que ela estivesse ficando louca.
- Desculpe, você disse alguma coisa? – perguntou sorrindo fraco.
- Sim, quer que eu avise ao Sr. que está aqui? – ela perguntou.
- Acho que eu ainda sou a noiva dele, então não vejo a necessidade de você me anunciar. – disse antes de pegar a pilha daqueles malditos papéis da mesa de Clair e abrir a porta da sala de que olhou espantado em vê-la ali. Na mesma hora, desligou o telefone e encarou a noiva com uma pilha de papéis nas mãos.
- O que você tá fazendo aqui? – Ele perguntou assustado e riu deixando que algumas lágrimas caíssem dos seus olhos.
estremeceu em vê-la chorando, o que tinha acontecido com ela? No mesmo instante foi até a sua mesa e jogou a pilha de papéis em sua mesa.
- O que eu estou fazendo aqui? Eu estou cansada, ! Estou cansada dessa droga de papéis que pra você, são mais importantes do que eu. O que mudou pra isso acontecer, hein? – perguntou entre as lágrimas. – Você me amava... E de repente, tudo mudou. Por que, ?
- Não é nada do que você tá pensando, . – Ele suspirou e riu.
- Não? Sério? É porque, me diga? É porque o meu pai não é mais o presidente dos estados Unidos? – riu.
- Você enlouqueceu? – arregalou os olhos e a fúria de ficou ainda maior.
- Não se finja de idiota, . Diz a verdade, me fala que você apenas me usou esse tempo todo, me diz que você foi como todos os outros. Que só queria status e fama pra ter uma boa carreira. – tentou ser forte, mas logo em seguida começou a soluçar chorar compulsivamente.
- Nunca mais ouse falar isso, ! – disse furioso.
No mesmo instante e choro começou a ficar ainda pior e a força que ela pensou que teria, não estava mais ali. Simplesmente não conseguia ficar em pé e caiu no chão, sentando entre as pernas encostando as costas e a cabeça na parede.
- Eu pensei que um dia eu iria encontrar alguém que me amasse pelo que eu sou, eu nunca pensei que eu iria encontrar porque todos os garotos por quem eu me apaixonei me magoaram. No oitavo ano eu me apaixonei pela primeira vez e eu pensei que ele me amava. Ele fazia declarações de amor pra mim na frente de todos da escola, eu me sentia tão feliz sabe? Porque eu achava que pela primeira vez tinha encontrado o amor da minha vida. Uma semana depois eu ouvi no vestiário dizendo pros seus amigos que como a filha do presidente era idiota e que não via a hora de se livrar de mim, porque não existia alguém mais ridícula do que eu. – não parava de chorar enquanto a observava, nunca tinha contando essas coisas pra ele porque queria esquecer. – No segundo ano, eu conheci um cara chamado Josh, e nós começamos a sair. Ele era o quarterbak do time de futebol da escola, ninguém acreditava que ele estava com alguém como eu. Eu estava tão apaixonada que disse à ele que iria fazer com que o meu pai conseguisse uma bolsa pra ele na melhor escola de futebol, e quando ele conseguiu, ele sumiu. Uma semana depois eu fui na casa dele porque ele simplesmente não retornava as minhas ligações. Eu bati duas vezes na porta e quando ele abriu, ele estava sem camisa e a Kim Pierce, líder de torcida mais popular da escola veio atrás dele. E ela disse: “Você é uma idiota em pensar que ele estava mesmo apaixonado por você.” riu entre as lágrimas enquanto contava a história – “Ele só te usou. Como todos os caras com quem você já saiu. Quando você vai perceber que ninguém nunca vai ficar com você pelo que você é e sim pelo que você tem?” fez uma pausa e respirou fundo, encarava a menina ainda aos prantos.
- , eu... – Ele tentou dizer mas ela a cortou.
- Depois disso, eu fiquei muito mal. E sabe quando é mal mesmo? Eu tomei um frasco de remédios pra dor e desmaiei. Dois dias depois eu acordei em um hospital e a minha mãe disse que eu sobrevivi por pouco. Eu fiquei um ano fazendo terapia, e eu me tornei a pessoa que você conheceu. Eu comecei a me interessar por roupas, sapatos e essas coisas pra esquecer tudo aquilo. Então houve aquela viagem para Paris e eu conheci você. E eu menti sobre quem eu era porque queria quem alguém gostasse de mim pelo o que eu era, e você gostou e depois nós descobrimos que você era o filho do Sr. Thompsson que o meu pai tanto falava. E nós começamos a sair e depois namorar, eu me senti tão feliz sabe? Como se nada mais importasse a não ser você. E quando você me pediu em casamento, você passou a ser tudo o que eu precisava. Mas parece que eu não sou mais tudo o que você precisa, não mais. – desabafou e no mesmo instante, pois as mãos no rosto porque não conseguia parar de chorar. Malditos hormônios da gravidez.
- Me perdoa, . – disse sentando ao lado da menina a abraçando. – Nunca fale uma coisa dessas, eu amo você. Amo todas as coisas em você e eu não me importo com que droga você representa para a sociedade e muito menos quem o seu pai é. Ele pode até ser o papa, eu não me importo. Eu só me importo com você.
Nunca mais diga que eu não preciso de você, sem você a vida parece solitária. Nunca mais duvide disso tá escutando? – avisou enquanto a menina chorava em seus braços.
- Eu estou grávida, . – ela desabafou. Sabia que aquela não uma boa hora para dizer isso, mas precisava botar tudo pra fora, precisava dizer o que sentia.
Sentiu respirar e ele beijou seus cabelos. Não sabia a reação dele porque estava com o rosto enterrado em seu peito.
- Você tá falando sério? – Ele perguntou com a voz falha, embargada.
- Estou. – respondeu.
- , ollha pra mim. – pediu se afastando para que ela o olhasse. desencostou a cabeça do seu peito e coçou os olhos com as mãos antes de fungar.
- Você não precisa se preocupar tá? Eu vou dar um jeito de cria-lo sozinha. Eu não vou te excluir você vai poder visita-lo sempre.
- O que você tá falando? – arregalou os olhos.
- EU só pensei que...
- disse calmo segurando o rosto da noiva. – Essa é a melhor noticia que eu já ouvi desde que você disse que aceitava ser minha para sempre, naquela quarta-feira de primavera no Central Park.
fungou e sorriu.
- Então o que mudou? Porque você estava frio? – Questionou o noivo que suspirou se levantando.
- Eu vou ter que te mostrar de qualquer jeito mesmo. Isso só antecipa as coisas. – Ele suspirou dando a mão para ajuda-la a se levantar.
- Isso o que, ? – quis saber.
- Você estar gravida. – Ele sorriu.
- Eu não estou entendendo. – disse.
- Vem comigo, você vai entender. – pegou na mão da noiva e pegou a pilha de papéis em cima da mesa que havia causado tanta discórdia. Saiu da sala e apertou o botão do elevador, logo estavam no carro e não entendia onde ele estava indo. Seria pra casa?
Vinte minutos depois estavam em um bairro calmo onde havia várias casas coloridas e árvores espalhadas, assim como o gramado verde e arrumado. Aquele bairro era algo que podia chamar de perfeição, onde qualquer pessoa ou criança sonharia em morar. Era como se fosse um lar de verdade. Não mansões e coisas chiques que ela havia crescido que pareciam tão superficiais.
estacionou o carro enfrente uma casa amarela de dois andares, com um jardim cheio de flores e arvores e até mesmo um balanço. Logo em seguida pegou a mão dela enquanto olhavam para casa.
- De quem é essa casa? – perguntou, ainda admirada. Atrás dava para ver a piscina e bancos assim como uma churrasqueira de tijolos.
- É a nossa casa. – sorriu e entregou os papéis que tanto a aterrorizavam durante aqueles meses. sorriu ainda sem acreditar, vendo que tudo não se passava de plantas e anotações sobre a construção da casa. Sentou-se no gramado encostando-se à árvore enquanto lia cada trecho e cada palavra. sentou-se ao seu lado enquanto sorria.
Em um dos papéis estava a lista que ela tinha feito há um ano atrás quando nem e quer estavam noivos. Tudo não se passava de um jogo idiota que ambos faziam e ela descreveu o que era uma casa dos sonhos pra ela. A letra torta e caprichada da menina estava ali, visível para quem quiser ver.

Flashback ON.

Era um sábado à tarde e ambos estavam entediados enquanto vinham algum filme que passava na TV. não aguentava mais olhar para aquela TV e estava quase dormindo.
- Porque a gente não cria um jogo? – sugeriu e sentou-se no sofá curiosa.
- Jogo de que? – riu e mordeu o lábio inferior.
- Das coisas que a gente acha certo. Como as coisas deveriam ser, sabe? – Ele disse e sorriu. – Você me faz uma pergunta sobre você e eu escrevo no papel e você também e nós vemos se temos sonhos parecidos – explicou e assentiu. - Vou pegar papel e caneta – disse empolgada subindo as escadas.
Cinco minutos depois estavam os dois no quarto com papéis nas mãos.
- Ok tudo bem, minha vez. – anunciou. – Srta. Chata de galocha, o que seria uma casa dos sonhos pra você?
- Essa é fácil. – riu e começou a escrever no papel, assim como porque ele tinha que adivinhar o que era.
- Pode falar, você primeiro. – sorriu e suspirou.
- Uma casa dos sonhos pra você seria uma mansão na Itália com um closet enorme e um estoque de cookies na dispensa.
- ERROU FEIO, ! – deu uma gargalhada.
- Sério? – ele perguntou. assentiu.
- A minha casa dos sonhos fica em um bairro alegre, onde tem crianças brincando e árvores espalhadas pelas calçadas. As casas são fofas. A nossa casa tem um quintal enorme com um gramado verde perfeito e é amarela com dois andares. Tem uma piscina no fundo e uma churrasqueira com mesas. E no começo da casa tem um balanço para os nossos filhos brincarem e o jardim é completamente cheio de flores coloridas. É o tipo de casa que você pode chamar de lar, que você fica feliz só de ver. – sorriu, entregando o papel para que sorriu.
Ela tinha razão.

Flashback OF

- Você guardou. – sorriu amostrando o papel para .
- Quando eu pedi você em casamento, eu decidi que eu precisava fazer essa casa nem que eu movesse céus e terra. Não foi fácil construir tudo isso em apenas cinco meses. Mas de três meses pra cá as coisas ficaram complicadas e eu pensei que eu não ia conseguir, e eu queria tanto realizar esse sonho. Então comecei a me estressar com o engenheiro e com a empresa de construção. Comecei a levar o trabalho pra casa e deixei você de lado. Eu sei que eu errei, sinto muito por isso, sinto muito por deixar você pensar que eu não te amava mais. Eu sinto muito.
- Me desculpe também por dizer aquilo, você sabe que não é verdade, eu só estou estressada. O médico disse que são os hormônios da gravidez. – suspirou e sorriu fraco.
- Você é tudo o que importa. E agora esse bebê. – sorriu e colocou a mão na sua barriga e sorriu.
- Ele ou ela vai poder crescer em um lar que você sempre sonhou.
- Sim. – sorriu enquanto colocava as mãos em sua barriga.
- Será que já da pra sentir, ele ou ela? – ele perguntou curioso e riu.
- Não sei, você quer tentar?
- deitou-se na grama e colocou a cabeça na barriga de , que sorriu ainda mais com aquele momento.
- Fala com ele, . Ele ou ela gosta da sua voz. – disse emocionada. E sorriu.
- Oi filho, ou filha. Você é um garotinho ou uma garotinha de sorte sabia? Eu e a mamãe chata de galocha temos uma casa enorme pra você brincar quando vir ao mundo. Então aproveita esse momento sozinho enquanto pode, porque quando você sair dai não vamos te deixar sozinho nem se quer um minuto. beijou a barriga de que sorriu emocionada.
- Eu te amo, . Eu te amo com todas as minhas forças. Eu não poderia encontrar alguém melhor do que você pra entregar o meu coração. E eu vou repetir o que eu te disse um dia; Toda vez que eu penso que você vai me decepcionar, você faz ao contrário. É isso o que você faz; simplesmente me fazer sorrir todos os dias. E quando eu duvidei que um dia você fosse conseguir conquistar o meu coração eu estava enganada. Porque ele é seu.
sorriu limpando uma lágrima solitária que havia caído.
- Eu que tenho sorte de ter você ao meu lado, e já que você reviveu aquele momento, eu vou dizer a mesma coisa que eu te disse naquele dia. Eu ainda não consigo acreditar que você é minha, Chata de galocha. – Ele sorriu e a beijou.
Ela tinha tudo o que sempre sonhou. Não precisava de Status, morar na casa branca ou não precisava ser a filha do presidente. Precisava apenas ser a filha do Jerry. Não precisava de coisas superficiais quando tinha tudo o que alguém poderia sonhar; alguém que te ame de tal maneira que faça todos os seus dias serem ainda mais coloridos. Alguém que te faça ter força para acordar e viver mais um dia, porque você sabe que ele sempre estará lá, pra provar todos os dias que ama você.

FIM.



N/a: Estou terminando essa fic exatamente 04h04 da manhã do dia 17 de maio de 2015. Eu escrevi essa fanfic toda em poucas horas, porque como dizem, é de madrugada que as coisas fluem. Eu estou caindo de sono e nem sei como eu ainda to de olhos abertos, porque o meu corpo inteiro tá dormindo e só o meu cérebro os meus dedos estão trabalhando AHUSHSUA.
O que dizer sobre essa fic? (Frase clichê né?) Na verdade, nunca pensei em escrever um Spin off sobre essa fanfic, surgiu do nada. Não tinha ideia nenhuma do que iria escrever. Eu só comecei a digitar e não parei mais. Se essa fanfic existe é graças a Nay, Porque ela me lembrou de Uma noite em Paris ontem de ontem dizendo que queria reler. E eu disse que estava horrível, e que iria reescrever a fanfic. Depois de reescrever, eu pensei em um spin off e aqui está.

Espero que vocês tenham gostado. Beijão! X

Um comentário:

  1. 😭😭😭😭😭😭😭 Que lindoooooo! Saudades LuAr! Menina já pensou em escrever um livro???? Eu compraria!rsrsrs
    Status: esperando suas novas histórias e seu livros rsrsrs!😉

    ResponderExcluir