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Short fic "Uma noite em Paris"

Capítulo único/shortfic



Três junhos em Londres - Por Yash
Protocolo



- É sério , eu não aguento mais beber. – riu deitada ao lado do rapaz olhando pra enorme torre Eifel.
- Por que não? Você bebeu de mais naquele pub, pensei que era alcoólatra. - Ele riu e ela deu tapinhas em seu braço fazendo ele soltar um"Argh"
- Durante todo esse tempo que nós estamos juntos. Quer dizer esse dia todo. Você não faz ideia de quem eu sou? - franziu o cenho confusa e ele riu um pouco bêbado.
- Por que eu deveria saber? Só sei que você é uma louca que eu me esbarrei em um aeroporto.
- Hm... Então é melhor não saber. Sabe eu nunca me senti assim antes, livre pra fazer o que eu quiser.
- Por que? - Ele perguntou confuso e ela sorriu triste.
- Se eu te contar você vai ter que saber que eu sou
- E quem você é?
- A Filha do presidente.



- Paris! Paris Paris! - Cantarolei pela casa enquanto ia em direção a cozinha para pegar um copo d'água. Eu não acreditava, eu estava indo para a França, ou melhor, para PARIS. Meu pai está indo para Paris a negócios e a minha mãe fez com que ele nos levasse, fazia tempo que eu não viajava, então a minha animação estava lá no topo.
PARIS, PARIS, PARIS.
Quando subi as escadas de volta para o quarto, abri o closet e peguei mais algumas roupas para acrescentar na mala, tudo bem, pra quem iria passar apenas uma noite em Paris era coisas demais, mas nunca se sabe o que pode acontecer.
- MÃE? - Gritei do andar de cima, silêncio total. Ela ainda não tinha chegado, provavelmente tinha ido ao shopping comprar mais roupas, se é que era possível caber mais alguma coisa naquele closet. Peguei o celular em cima da mesinha e mandei uma mensagem perguntando onde ela estava. Eu precisava da sua ajuda para escolher algumas peças e abandonar outras.
Joguei o celular na cama acabando de arrumar as malas e as fechando. Por mais que seja inacreditável eu nunca gostei de ficar indo ao shopping, eu simplesmente odiava porque toda vez que eu ia, estava cercada por alguém. Seja por seguranças ou até mesmo por paparazzi. Eu era filha do presidente e era a pior chata de galocha antissocial do planeta.
Por mais que todo mundo ache que ser filha do presidente é ter uma vida perfeita, as pessoas estavam enganadas. Eu nunca tive uma vida normal, a maioria dos garotos no colegial ficava comigo por status, assim como a maioria das amigas que tive. Se é que eu poderia as chamar de amigas. Eu até tive uma paixão do colegial, mas ele era como todos os outros; famintos e obcecados por popularidade, acho que esse foi um dos piores tombos que eu já levei, se apaixonar por alguém que só brinca com seu coração, como se fosse apenas uma moeda de troca.
Depois disso eu decidi que não valia a pena dar o meu coração a ninguém, pelo menos não até eu achar a pessoa certa e que me amasse sem se importar com quem eu realmente era. Às vezes eu só queria ser uma menina normal, que é comum na escola e tem uma vida pacata onde trabalha meio turno em um café para pagar a faculdade, e talvez quem sabe sair todas as sextas para cantar em um bar com seus amigos.
Eu não aguentava mais ser fotografada ao sair de casa, a ter a minha vida exposta para todos verem. A minha mãe dizia que com um tempo a gente se acostuma. Já passou tantos anos e eu ainda procuro o "se acostumar" que ela tanto fala.

- Querida, você está em casa? - Minha mãe chegou carregando um monte de sacolas de compras. (Não disse que ela ia ao shopping) Sendo rapidamente pega pela Lucy, nossa governanta que eu considerava como se fosse uma segunda mãe.
- Estou - Dei de ombros.
- Por que você não sai querida? Amanhã você vai viajar, precisa se distrair. - Lucy falou meiga e eu apenas sorri.
- Não estou a fim de sair, gente. Não quero ser fotografada hoje – suspirei.
- Como assim fotografada?! – Minha mãe arqueou as sobrancelhas e eu a encarei.
- Ué todo lugar que eu vou eu sou fotografada. Pensei que você soubesse disso.
- Eu sei querida... Mas eu já disse, somos figuras públicas. Por mais que seja desconfortável às vezes, é a nossa vida.
Preferia ser pobre - pensei.
- Eu sei mãe... Eu sei... - Suspirei me levantando e subindo as escadas em passos largos.

Já se passavam das oito, me olhei pela última vez no espelho antes de verificar o relógio. Era o dia de aquele jantar horroroso que o meu pai sempre dava para os seus colegas de partido, mas este não era um colega qualquer, talvez fosse o meu futuro sogro. Sr. Thompsson e o meu pai eram amigos há anos e todas as vezes que eu os encontrava, eles diziam de como seu filho era ideal pra mim. Estávamos no século vinte e um e eu nem posso namorar alguém que eu conheça e ame, meu pai tinha que escolher. Na verdade isso era o que ele mais fazia; escolher as coisas pra mim como se eu fosse uma criança de cinco anos. Mas eu não tinha escolhe, tinha? Então o que eu podia fazer é agarrar a vida que eu tinha e tentar fazer algo de bom com as pouquinhas coisas que sobraram. Eu só torcia pra ele ser legal, ou pelo menos gentil.

Eu nunca tinha o visto e nem se quer tinha ouvido falar dele em algum lugar, também nunca fiz questão de pesquisar. Nem o nome dele eu sábia.
- Querida, por que demorou? O Sr. Thompsson está louco para vê-la. - Meu pai me abraçou e eu apenas o retribui.
Sai e fui em direção ao Sr.Thompssom, o primeiro ministro que apenas sorriu com a minha chegada.
- , quanto tempo não a vejo. Continua linda. - Ele brincou me abraçando e eu apenas sorri.
- Obrigada. – agradeci.
- Vamos nos ver muito ainda e você ainda vai ter a oportunidade de conhecer o meu filho.
- Como assim? - Perguntei confusa.
- Sr. Thompsson vai para França conosco e seu filho também – Anunciou meu pai.
- Ah – Sorri sem graça.
Desgraçada de vida, já vi que essa viagem iria ser um porre.
- Vamos ficar apenas uma noite em Paris, querida. Vamos fazer um jantar no salão do hotel que já está reservado para nós e os outros ministros e depois embarcamos para Londres.
- Perai, só uma noite? - Arqueei a sobrancelha.
- Sim querida... Seu pai tem muitos negócios pra tratar com a rainha.
- Ah.. - Falei calma.
- Vamos nos sentar. Lucy já vai servir o jantar. - Minha mãe avisou e fomos até a sala de jantar e nos sentamos.
- Cadê o Been, ? - Minha mãe perguntou enquanto se sentava.
- Levei ele à casa do Lucas, algum problema? - Claro que não... Mas antes de levar seu irmão para algum lugar avise a nós antes. Been só tem nove anos.
- Tudo bem - Levantei as mãos em um tom de inocência fazendo todos rirem.

Aeroporto de Washington: 6:31 da Manhã.
"Senhor presidente, por favor, um minuto" "O que o senhor tem a dizer sobre o aumento de combustíveis?" ", Por favor, fala com a gente um minuto!" "Senhor presidente!" "Sra. , por favor, uma entrevista" ", Por favor! Um minuto, é verdade que vai se casar com o filho do primeiro ministro?"
- Sr. Presidente, por favor por aqui. - Louis avisou nos guiando até uma das portas que davam para a pista de decolagem. Já havia um jato nos esperando.
- Papai, cadê o Sr. Thompsson e o filho dele? Eles não deveriam vir com a gente? - Perguntei um pouco alto pelo barulho e o vento que o jato fazia.
- Sim... Já estão vindo. - Respondeu.
- , por favor, podemos entrar? Tenho que falar com você sobre sua agenda, entrevistas, fotos.. - Olivia, minha assistente que já havia se tornado minha amiga me chamou com uma prancheta na mão e eu assenti com a cabeça a seguindo até o jato.
- Querida, onde você vai? O Sr. Thompsson e o filho dele chegaram agora, estão passando pela porta de embarque... - Minha mãe gritou.
- Tudo bem! Falo com eles quando chegarmos – Respondi subindo as escadas do jato na parte onde eu meu pai e a minha mãe iriamos ficar. Sr. Thompsson e o filho dele iriam ficar na outra parte já que o jato havia divisórias para nos sentirmos a vontade. Era tudo muito luxuoso, quatro poltronas bem separadas da outra, frigobar, televisão, barzinho e vídeo game.

- Não quer mesmo conhecer esse rapaz não é? - Olivia riu sentando-se em um sofá perto do frigobar.
- Não mesmo... Sabe, eu queria ter a liberdade de conhecer um garoto que eu amasse de verdade. – me sentei ao seu lado.
- Não namorar ou casar com um garoto que eu nem sei quem é porque tenho uma imagem a ser exposta e não posso decepcionar o “Presidente dos estados unidos”. - fiz aspas - Ás vezes a vida nunca é como a gente sempre sonha.
- A Minha tá sendo um pesadelo – bufei.
- Calma querida. Tenho certeza de que tudo vai se concertar.
- Como você sabe?
- Ás coisas de Deus são no tempo dele... E se ele quiser que você encontre seu verdadeiro amor, você vai encontrar. Confia no teu futuro.
- Eu sei... Mas o destino vezes prega peças na gente, Oliv.
- Quem sabe essa peça não seja boa?
- Que Deus a ouça então. – Sorri.
- Confia nele. – ela segurou na minha mão, eram pessoas como ela que deixavam o meu dia um pouquinho mais colorido.
- Eu confio. - Sorri.

Aeroporto de Paris; Charles de Gaulle : 10:35

Quando o jato parou em Paris, todos saíram em direção a área de desembarque. Menos eu e Olivia, porque eu tinha que perder a minha bolsa naquele jato enorme. Depois que a encontramos fomos em direção a sala onde todos estavam e a minha mãe sorriu ao me ver.
- Pronto podemos ir? - Minha mãe perguntou e eu assenti.
- Meu filho saiu pra comprar algumas coisas no aeroporto. Nos encontramos no hotel?
- Ok... - Meu pai falou e todos nós assentimos indo em direção à saída do aeroporto. Graças a Deus não havia ninguém, nenhum fotografo, entrevistadores... Olhei paro lado e vi uma loja, e não era uma loja comum, era A loja.
- ESPERA! Eu acabei de lembrar que não tenho nada para usar essa noite, quer dizer, nada adequado para a festa. Posso ficar por aqui e comprar algo? Eu não vou demorar, eu prometo. – Implorei.
- Tudo bem, mas, por favor, não demore. Vai haver uma carro te esperando na porta do aeroporto em uma hora ok? – O Sr. Presidente disse e eu assenti.
- Ok... – Sorri e dei meia volta indo em direção a lojas de casacos importados da França. Entrei em uma loja de grife do aeroporto nem me importando com as roupas que usava. Eu estava com uma regata branca e uma blusa xadrez azul com branco por cima, calça jeans skine e uma bota cano longo e óculos escuros. Olhei para a vitrine e me deparei com um vestido tomara que caia com a saia preta um pouco armada e o colete branco com flores personalizadas entre a saia e o colã. Era perfeito!

- Você gostou? - A garota que trabalhava me perguntou olhando pra vitrine junto comigo.
- É, eu vou levar – Sorri.

Sai da loja com um monte de sacolas. Talvez três em cada mão, meu celular começou a tocar e eu enfiei a mão no bolso da calça com dificuldade, mas só foi dois segundos de distração para eu me esbarrar em alguém.

- Desculpe... - Um menino disse me segurando para que eu não caísse e eu olhei para os seus olhos castanhos que se encontraram com os meus.
- Tu-tudo bem... - Sorri sem jeito ficando em pé e saindo dos seus braços que me seguravam com cuidado.
- Nova em Paris? - O Garoto sorriu maroto e eu apenas assenti com a cabeça.
- Você também não parece um francês, se não, estaria falando em francês não em inglês – brinquei.
- Pois é... Cheguei agora - Ele suspirou.
- Eu também.
- E aonde você estava indo com tanta pressa que quase me atropelou? – ele brincou o que me fez dar uma risada envergonhada.
- Ali no Starbucks, a viagem foi longa e eu estou cansada. Acho que nada combinaria melhor com um Cappuccino e o mufim.
- Somos dois... A Senhorita me da a honra? - Perguntou ele estendendo a mão para pegar minhas bolsas e eu sorri.
– Claro – Entreguei umas das bolsas pra ele e sorri. Parece que Paris iria ser ótimo.

* * *
- Sério? Não acredito que você também não gosta do Paul Makarley – Gargalhei bebericando o café.
- É as músicas do cara... A sei lá, Beatles foi história... Mas ele cantando sozinho acho que fica meio sem sentido. - Deu de ombros e eu ri.
- Eu também o acho meio perdido sem os outros integrantes.
- A Gente tá conversando há um bom tempo e eu nem sei seu nome – Ele sorriu maroto.
Pensa logo ! Pensa! Você não pode contar que se chama , filha do presidente dos estados unidos. E que mora na incrível e invejada casa branca. Se eu contar pra ele, talvez ele só iria querer me usar... Eu só queria ter uma noite normal e ser uma garota normal por pelo menos um dia na minha vida. E se eu mentisse não iria fazer a mínima diferença já que ele nem me reconheceu.
-Er...- Stwink – Menti descaradamente e ele me olhou assustado e demorou algum tempo pra responder. Talvez devesse está processando tudo aquilo. Mas processar oque? Não tinha nada para processar, eu era uma garota normal pelo menos pra ele.
- – Falou depois de um tempo com a voz rouca e eu assenti balançando a cabeça sorrindo.
- Então , você vai fazer alguma coisa hoje? - Disse pegando as bolsas da mesa e me levantando e o encarando em pé.
- Só depois das 21h. Por quê?
- A sei lá, a gente podia sair... Conhecer Paris um pouco, é que mais tarde eu também tenho um compromisso chato com os meus pais em família e eu vou ter que ficar trancada no hotel.
Estava pensando que já que somos novos aqui poderíamos conhecer Paris juntos.
- Ótima ideia! Eu já vim a Paris antes... Posso te mostrar algumas coisas que eu gostei – Ele sorriu fofo se levantando e eu apenas sorri de volta me derretendo toda pelos seus lindos olhos castanhos.
Pena que eu iria embora amanhã cedo e nunca mais iria voltar a vê-lo e ainda conheceria o idiota do filho do Sr. Thompsson no qual eu era obrigada a ficar. Sentia-me uma verdadeira Sinhazinha nos tempos antigos nos quais os pais tinham que escolher o homem e quem elas deveriam se casar. Estamos aonde? Marrocos, Turquia? Arábia? Não , estamos em Washington (Não literalmente, porque agora estamos em Paris) e eu sou a querida e adorável filha do presidente. Que todos poderiam chamar de linda por fora, mas que gritava por liberdade por dentro, mas hoje iria ser diferente, eu iria ter um dia de liberdade e que esse dia fosse com .

- Ok combinado... Nos vemos daqui a duas horas? Só tenho que por essas coisas no hotel, tomar um banho e trocar de roupa.
- Ok... Eu te busco no hotel ou....- O Interrompi na mesma hora. Não!
- NÃO! NO HOTEL NÃO! Quer dizer... er... Na pracinha? Na pracinha aqui perto do aeroporto tá bom pra você?
- Tudo bem... Adorei te conhecer, Lu! - Ele sorriu me dando um abraço e eu respirei fundo fechando os olhos. Nosso como o cheiro dele era bom.
- Eu também... - sussurrei durante o abraço e logo nos separamos e nos despedimos.

Corri para a saída do aeroporto onde tinha um Audi me esperando. Entrei correndo já que já eram onze da manhã. Por incrível que pareça, não fazia nem um minuto que nos despedimos e eu já queria que daqui há duas horas chegasse logo. A pior parte seria enrolar a minha mãe, eu ainda precisava inventar uma boa desculpa e vestir alguma coisa que não seja completamente fino. Eu tinha que parecer normal e o meu guarda-roupa só havia vestidos e coisas de grife.
Quando estacionamos em frente ao enorme hotel de luxo, sai correndo na hall do hotel depois de pegar com a recepcionista a chave do meu quarto e subir desesperadamente para o quarto. Tinha tirado o salto alto para poder correr melhor. Ótimo se algum dos paparazzi, senadores ou os ministros me virem assim eu iria causar um tumulto que só. Já imaginava a próxima manchete “Deu a louca na filha do presidente! Parece que nossa querida e adorável não estava em um dos seus dias bons, a garota dos recém 19 anos foi vista correndo sem os sapatos na hall de um hotel fino em Paris”.
Ok, até que seria engraçado. Ri mentalmente passando o cartão na suíte onde eu iria ficar. Jogando as bolsas em cima da cama e correndo pro banheiro, tomei um banho quentinho e demorado sentindo todo aquele cansaço e suor indo embora junto com a água. Me senti limpa tanto por fora quando por dentro, era tão bom saber que agora eu tinha um encontro. Um encontro de verdade com uma pessoa normal, com uma pessoa que pensasse que eu era alguém normal. Uma pessoa que não me trataria diferente só por pensar que eu era filha do presidente e isso tinha me deixado completamente feliz, mesmo sendo somente por um dia. Me cobri com uma toalha branca saindo do banheiro para pegar alguma peça de roupa quando dei de cara com a minha mãe entrando desesperada no quarto. Ótimo era só o que faltava.

- FILHA! - AI MÃE QUE SUSTO! - Pulei virando pra porta vendo minha mãe entrar no quarto e logo respirei de alivio. Já pensou se era algum desses doidos querendo me sequestrar?
- Calma... Só vim te avisar que o filho do Sr Thompsson chegou há alguns minutos, você não quer descer para cumprimenta-lo?
- A Não mãe... Agora não, por favor! Eu tenho que sair agora.
- Como assim? Pra onde você vai? Esqueceu que não pode sair sem um dos seus seguranças?
- Ah mãe por favor... É que eu conheci um garoto no aeroporto, e ele foi tipo superlegal comigo, ele também acabou de chegar! Por favor, me deixa ser normal só por uma noite? Ele nem sabe quem eu sou, nem sabe que eu sou a filha do presidente. A noite vai ter o jantar, eu vou conhecer o filho do Sr.Thompsson de qualquer jeito. Por favor, Por favor, me deixa ir!
- ...
- Mãe por favor, você não sabe o que é passar a metade da minha adolescência com garotos que só estavam comigo por causa da minha fama. Por causa da filha do presidente. E agora quando eu conheço alguém que realmente foi legal comigo sem saber quem eu sou, eu vou ter que deixa-lo ir? Deixa por favor... É só uma noite.
- Ai ! Tá bom! Vai... Agora... POR FAVOR só não deixa seu pai e nem um desses paparazzi te ver por que se acontece alguma coisa...
- Shhh ok mãe! Não vai acontecer nada tá legal?
- Ok tá bom, agora vê se não demora – Ela mantinha seu olhar derrotado.
- Agora vai que eu tenho que me aprontar – Disse empurrando ela pra fora do quarto e ela assentiu com a cabeça.
- Posso saber pelo menos o nome dele?
- ...
- ...? Mas... - Antes de ela completar a frase eu já tinha fechado a porta do quarto respirando aliviada. Fui até as malas e peguei um short jeans claro e uma blusa bege, sinto, sandália sem salto, brinco, maquiagem leve. Pronto uma garota normal. Sorri mentalmente me olhando no espelho. Eu parecia tão... Normal.

Place de la corte – Paris – 13:35

Sai completamente escondida daquele hotel, me aliviei em saber que o meu pai e nenhum dos ministros estavam por perto. Eles tinham saído para resolver algumas coisas com a rainha da França na qual eu não estaria nem um pouco a fim de conhecer. Andei rapidamente pela praça já sentindo o vento bater no meu rosto e coloquei as mãos no bolso do short. Segui em frente até encontrar um par de olhos castanhos olhando em volta sentado na bancada do chafariz e segui em até a sua direção. Não sei por que, mas eu queria sorrir. Dentro de mim eu estava sorrindo, mas eu não queria que ele soubesse que eu estava tão empolgada assim. Trinquei os dentes tentando parecer normal e segui em frente.

- Oi. - Eu sorri chegando por trás dele e colocando as duas mãos em seus olhos e logo em seguida as tirei sentando ao seu lado. olhou pra mim com aquele sorriso encantador que me fez estremecer e sorrir por dentro, pela primeira vez eu me sentia livre.
- Hey - Ele respondeu sorrindo e eu apenas dei um empurrão de leve no seu braço o fazendo gargalhar. Coloquei a mão no bolso do short ainda em silêncio, eu não sábia o que falar.
- Então... O que a gente vai fazer? - Perguntei o encarando.
- Isso você só vai saber, se você descobrir. Vem! - Ele riu se levantando me puxando e correndo.
- ISSO NÃO VALE!- Eu gargalhei enquanto corrria com ele para um lugar que eu mal sábia.

[Você pode ler escutando: One direction - live While We're Young]

- Vem tirar foto! - Eu falei rindo batendo uma foto minha e dele fazendo careta em frente à praça. realmente era um doido... Depois que batemos as fotos ele subiu em cima da bancada do chafariz abrindo os braços me fazendo rir. Ele desceu e caminhamos juntos até passar um senhor com balões de carinhas e ele comprou TODOS eles entregando pra mim logo em seguida me fazendo rir igual uma idiota. Ele tirou uma foto minha segurando os bolões. Caretas, sorrisos, mostrando a língua logo em seguida corremos em direção a rua e pegamos um táxi ainda rindo e o motorista se assustou com os balões voando na janela do lado de fora.

Disneyland Resort Paris – 14h00

- Disney? - Arquei uma das sobrancelhas saindo do táxi segurando os balões e ele assentiu com a cabeça. Sorri por dentro, eu nunca tinha ido a Disney por que eu poderia ser assediada. E eu estava ali, sem segurança nenhum, sem ninguém me dando ordens do que eu tinha que fazer.
- Lu, você está em Paris. Achou mesmo que a Disney ia escapar? - Ele riu me abraçando por trás, colocando a mão em meu ombro caminhando até a entrada. Fomos no Soarin epcot, que alias, era bem estranho. Era um simulador que você viajava pelo mundo inteiro e te dava sensação de você está voando. Eu parecia uma criança em uma loja de doces.
Fomos ao Test a atrack, que na verdade foi o que o mais se empolgou. O Test atrack é uma das mais rápidas atrações da Disney, acelera de 0 a 100 km/h mais rápido que muitos superesportivos. Ele simula os testes feitos pelas montadoras de carro, inclusive aceleração e colisão. O Star Tours foi completamente show, ele baseado na saga Star Wars. O visitante que senta no banco da atração pode até achar que está mesmo no lugar daquela saga, com vídeos 3D muito mais realísticos e divertidos, equipamentos novos e uma combinação de cerca de 60 cenários. MEU DEUS, eu estava em um paraíso e não sábia?! OMG! Ele todo fofo segurou na minha mão quando passamos pelo trem fantasma APÉ, eu estava morrendo de medo daqueles monstros.
- Lu, tudo bem... já passou – ele me abraçou rindo quando acabamos de voltar do trem fantasma.
- Ah , eu não vou conseguir dormir por dias pensando nessa cena – coloquei a cabeça no ombro dele e ele a fundou sua cabeça no meu pescoço.
- E se eu te fizer esquecer? - Ele perguntou saindo do abraço e eu arqueei a sobrancelha confusa sem saber oque ele estava dizendo.
- Como assim? - Eu disse e de repente ele segurou minha cabeça com as duas mãos e tocou sua boca na minha me fazendo instantaneamente abrir a boca e deixar o beijo se aprofundar ainda mais. Parecia tão perfeito... Era tão perfeito. Eu me senti tão feliz, afinal, nunca tinha beijado alguém que eu realmente tivesse gostado; Só na quinta série ainda no primário. E agora eu estava ali tendo um dos melhores momentos da minha vida, o melhor dia da minha vida. E eu sábia que depois das 21h00 esse sonho ia acabar e eu ia conhecer o filho do Sr. Thompsson e quem sabe daqui a um dois anos casar-se com ele. Meus dezenove anos estavam passando tão rápido que eu nem estava percebendo. Eu não teria a chance de encontrar alguém que me amasse de verdade. Que iria dizer eu te amo sendo sincero e que me amasse de verdade. Eu iria viver a minha vida toda com alguém que eu não queria, que eu não amava, ou talvez aprender ama-lo como todas as filhas dos presidentes faziam. Eu só queria o pra mim... Eu só queria que o filho do Sr. Thompsson fosse ele. Mas eu estava delirando, seria sonho de mais e só estava aqui de passagem. Olhei pra ele depois do beijo e os seus olhos brilhavam iguais os meus. Ele também tinha sentido o mesmo que eu.

- Vem vou te levar para um lugar que você nunca deve ter entrado antes! - ele sorriu maroto pegando na minha mão saindo dali e eu sorri inconscientemente o seguindo ainda com a minha mão colada na dele.

Pub Paris France; 19h05

- Oh meu Deus... Eu acho que eu estou bêbada! - riu de si mesma com uma garrafa de vodka na mão na pista de dança com . Eram só sete horas da noite e o pub estava lotado.
- Não acredito nisso! Lu você tem dezenove anos e nunca tinha bebido antes? - ele riu da garota que concordou com a cabeça envergonhada enquanto tinha suas mãos firmes em seu pescoço no ritmo da dança.
- Só estou acostumada a beber vinho e champanhe – ela riu bêbada – Coisas de pessoas finas. Mas posso te contar um segredo? - ela sussurrou bêbada pra que riu concordado – Eu não me comporto como uma dama. Eu odeio toda essa gente e todas essas pessoas finas, elas são falsas e ridículas.
- Eu sei como é, sinto a mesma coisa.
- Que bom achar alguém que é Rebelde igual eu – sussurrou no ouvido dee , logo em seguida bebeu mais um pouco.
- Você não gosta da sua vida não é?
- Nem um pouco, eu odeio tudo, odeio como eu me visto, odeio porque não posso sair por ai sem ser acompanhada, odeio tudo, odeio minha vida.
- Por que tá dizendo isso? Você é alguma pessoa famosa? – brincou e sentiu um frio na espinha. Precisava parar de falar.
- N-não! Deixa quieto, vamos nos separar daqui a algumas horas...E eu não quero falar disso com você. Por que você está tornando este dia especial. E se você soubesse não vai ser a mesma coisa. Mas acredite, um dia você saberá, sem quer, você saberá.
- Por que não?
- Porque não ... Agora cala boca e vamos voltar a dançar – puxou de volta a pista de dança fazendo o rapaz rir e logo em seguida engataram um beijo apaixonante, mesmo que estivessem bêbados.
- Vamos sair daqui.. – sussurrou e assentiu e os dois saíram do bar com duas garrafas de vodka na mão.

* * *
- Olha só ... Estamos perto da Torre Aifel – a garota sorriu ao ver a torre iluminada. Era tão perfeito.
- Venha! - o garoto sorriu a puxando pela mão, indo em direção a torre.
Torre Aifel: 20h00

- Ai o cara falou “cala a boca!” E eu falei “você não sabe com quem você está falando” - e riram completamente bêbados deitados no gramado em frente a torre Eiffel com uma garrafa de bebida na mão.
- Você é ridículo gargalhou.
- E você é uma chata de galocha – zoou a menina que gargalhou mais ainda.
- Nossa... Queria tanto que os meus dias fossem assim. Todos os dias.
- E porque não é? - quis saber e a garota hesitou.
- Meu pai quer que eu me case com outro. - suspirou e depois colocou a boca na garrafa bebendo mais um gole da bebida olhando pra torre Eiffel agora com a cara amarrada.
- Por quê? – perguntou curioso.
- Ele acha que devemos honrar o nome da nossa família, e por isso, eu tenho que me casar com alguém de “um bom partido.” Chega a ser ridículo, eu sei. E daqui à uma hora eu vou conhecer esse desgraçado.
- Te entendo – ele bufou – Meu pai também é assim. Ele acha que pode escolher as garotas pra mim. – disse sem humor e viu sorrir triste.
- Te desejo toda a felicidade do mundo ... Mesmo. Você é um cara tão legal... Merece alguém que te ame de verdade.
- E você também, Lu... Um dia você vai encontrar um cara que diga que te ame de verdade. Sem dizer isso por obrigação. Você é uma garota incrível e se não tivéssemos que ir embora hoje ou amanhã ou daqui a um mês, ou pelo menos se vivêssemos em lugares iguais, acho que daríamos um belo casal – essa parte ele disse convencidamente fazendo Lu rir.
- Não tenho certeza disso, não gosto de garotos convencidos e idiotas – gargalhou fazendo abrir a boca pra falar alguma coisa mais preferiu ficar quieto.
- seu idiota! - falou alto e o garoto gargalhou
- Chata de galocha! - ele respondeu e ela arqueou a sobrancelha – e bipolar não esqueça – ela mesma se entregou rindo - Juro que se você não me beijar eu vou continuar a te xingar. – sorriu para o rapaz e tampou a boca dela com um beijo a fazendo sorrir ainda mais. Realmente teria um lugar especial em seu coração.

- Ai meu Deus! São que horas? – gritou pegando o celular e arregalou os olhos. Estava atrasada e bem encrencada caso não fosse embora nesse exato momento.
- Tenho que está no hotel antes das nove se não eu estou ferrada.
- Calma... Ainda não são nove horas... Bebe um pouco mais e lembra que você nunca mais vai sentir o gosto de vodka e cerveja na sua vida – ele riu a fazendo gargalhar e ela bebeu quase a garrafa inteira em um gole.
- É sério eu não aguento mais beber – riu deitada do lado do garoto olhando pra enorme torre Eifel.
- Por que não? Você bebeu de mais naquele pub pensei que era alcoólatra. - Ele riu e eu ela deu tapinhas em seu braço a fazendo soltar um Argh.
- Durante todo esse tempo que nós estamos juntos. Quer dizer esse dia todo. Você não faz ideia de quem eu sou não é mesmo? - franziu o cenho confuso e ele riu.
- Por que eu deveria saber? Só sei que você é uma louca que eu me esbarrei em um aeroporto.
- Hm... Então é melhor não saber. Sabe, eu nunca me senti assim antes; livre para fazer o que eu quiser.
- Por quê? - Ele perguntou confuso e ela sorriu triste.
- Se eu te contar você vai ter que saber que eu sou...
- E quem você é?
- A Filha do presidente. – A menina disse de uma vez e logo em seguida trincou os dentes. arregalou os olhos ainda surpreso.
- Tá falando sério? - ele disse em uma voz alta e ela franziu o cenho fazendo sinal para ele calar a boca com o dedo indicador.
- Shhhh, todo mundo vai ouvir seu idiota.
No mesmo instante começou a rir inconscientemente deixando ainda mais confusa. Ele realmente era um retardado. Um retardado e um belo idiota, porém era lindo.
- Acho que hoje não será o último dia em que nos veremos. – ele disse de repente e o olhou sem entender.
- Como assim? - Perguntou com a sobrancelha arqueada e o garoto parou de rir em um segundo olhando no fundo dos olhos da menina. Se aproximou colando sua testa na dela e roçaram seus narizes um no outro fazendo a garota sorrir antes de ele dizer o que ela tanto esperava. Logo em seguida ele a beijou e ela correspondeu. Depois do beijo se olharam fixamente nos olhos ainda com a testa colada uma na outra e o garoto sussurrou.
- Prazer... Thompsson – Ele sussurrou e sorriu instantaneamente, aquilo não poderia ser real, ou era?
- Na-não tá falando sério – negou com a cabeça enquanto sorria. - Acho que você bebeu de mais se afastou e começou a rir compulsivamente não acreditando, iria ser coincidência de mais.
– Estou falando sério. – tirou a identidade da carteira e entregou a . No mesmo instante seu rosto passou de risonho para completamente surpreso. Ele era mesmo filho de Nicholas Thoppsson. CARALHO!
- Oh meu DEUS, ! - Ela riu o abraçando tão forte que ele quase caiu no chão.
- Mas porque você mentiu o seu nome? - ela perguntou confusa ele riu.
- Eu não menti, só não disse meu último sobrenome, e por fim... Acho que pelo mesmo motivo que você. Porque eu sábia que extremamente ás 21h00 horas eu iria ter que ir um encontro com os malas dos políticos e me apresentar pra filha mimada do presidente. E eu queria me divertir pela última vez antes de ser um escravo do amor.
- Então eu era apenas uma diversão? – brincou abrindo a boca indiganada, riu e puxou a menina pelos braços para perto de si.
- Não queria que fosse, queria que fosse mais. Mas acho que agora você vai se tornar mais que uma boa companhia.
- Vou ser uma boa namorada, . Prometo – ela sorriu.
- Fico feliz que seja você, Chata de galocha. – ele falou sincero olhando nos olhos dela que sorriu meiga. Ele estava a chamando assim o dia inteiro desde que se conheceram com uma forma de implicar com ele, mas não estava dando certo se o motivo era e esse, porque aquele era o apelido mais fofo que alguém já tinha lhe dado.
- Eu também.
- Bom, mas agora preciso ir... Tenho que me arrumar pra encontrar com o mala do filho do Sr. Thompsson. – piscou e saiu andando para pegar o táxi.
- Ele é um cara se sorte! - gritou e sorriu.
Ele realmente era.

Salão do hotel: 21:21
saiu do seu quarto descendo as escadas olhando o tanto de gente que havia naquele salão. Seu vestido era vermelho um pouco abaixo do joelho e rodado com uma fita branca no meio. Usava uma luva de renda branca nas mãos com um colar que seu pai lhe dera de formato de coração e seus cabelos estavam lindamente enrolados em um penteado solto.

- Querida você está linda – Viu o pai lhe cumprimentar com um beijo na mão assim que desceu as escadas do salão e sorriu consigo mesma.
– Obrigada papai.
- Bem vamos... Quero lhe apresentar a uma pessoa – o pai sorriu levando sua filha até um grupo de homens de smokings que conversavam educadamente.
- Senhores, essa é minha filha . - O pai a apresentou sorrindo e sorriu tímida.
– Um prazer conhece-los – cumprimentou.
- O prazer é todo nosso, querida. - Todos a cumprimentaram inclusive Sr. Thompsson.
- Finalmente, Lu. – O Sr. T disse a ela.
- Quero lhe apresentar uma pessoa. – Ele disse e logo em seguida surgiu em sua frente e sorriu. Ele estava bem diferente do cara que havia conhecido há algumas horas atrás, seus cabelos estavam visivelmente arrumados e ele usava um smoking que o deixava ainda mais lindo.
- É um prazer conhece-la, Srta. . – beijou a sua mão e logo em seguida sorriram cumprisses. - O prazer é todo meu, Sr. .

Fim.



N/a: OMG! Não estou acreditando que finalmente terminei Uma noite em Paris. Eu confesso que demorei um século pra escrever essa fanfic. É tão bom terminar uma fanfic, é como se você estivesse terminando mais uma etapa na vida. Porque uma pessoa normal só tem uma vida, já o escritor tem vário. E eu estou feliz de compartilhar essa parte da minha vida com vocês ♥ Obrigada por lerem! Essa fic estava bem guardadinha nas minhas pastas eu a escrevi no ano passado e só agora eu finalmente postei. Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, POR FAVOR :-)

Criada em: 10/04/2013
Revisão: 16/05/2015

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8 comentários:

  1. Tipo assim, essa fanfic roubou a perfeição do mundo mas tá ok... caraca, que fod*, você manda super bem.

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  2. Eu li hoje ... NOSSA YASH QUE PERFEIIIIITAAAAAA! Cada fic que você faz é uma cada vez mais perfeita que a outra, senhor! :O MTOOOO PERFEIIITA

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  3. Sorte do destino.... linda demais ♡♡

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  4. woooont............ relendo essa web diva parabéns sua linda ^^

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